quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Spaghetti de Palmito

Há uns três anos fui ao restaurante D.O.M., do maravilhoso chef  Alex Atala, e comi lá um prato que me surpreendeu (até hoje falo sobre ele)! Não me lembro qual  o nome da delícia, mas me recordo que o tal prato tinha a aparência de um spaghetti com molho de camarão e que era di-vi-no! Claro que, em se tratando do Alex Atala, nada é tão simples quanto parece...explico: o tal spaghetti nada mais era do que "fios" de pupunha! Sim, o palmito pupunha cortado como se fosse um spaghetti, uma maravilha.

Bom, ontem estava eu fazendo umas comprinhas no supermercado (pensando no jantar), quando vi uma caixinha de "Palmito Pupunha - Fios pré-cozidos" (marca São Caetano) e resolvi me arriscar (sempre com a lembrança  gastronômica daquela noite no D.O.M).

Cheguei em casa, fiz um molho que é muito aplaudido por amigos e familiares - azeite, tomatinhos seet grapes, alho, azeitonas pretas, majericão - e depois de pronto incorporei os fios de palmitos (previamente descongelados) na panela do molho. Misturei tudo por alguns minutos e servi! Ficou ma-ra-vi-lho-so!! E melhor, sem os "bilhões" de carboidratos de uma massa de verdade e com muito menos calorias, porém sem economia de sabor! Muito bom, eu recomendo!

Há porém uma desvantagem em relação ao spaghetti tradicional: o preço! Enquanto uma caixa de spaghetti Barilla (500gr) custa por volta de R$ 6 reais, 400 grs de fios de pupunha não saem por menos de R$ 15,00. Mesmo assim, pensando no se economiza em calorias, vale muito, muito a pena!

Recomendo!

Ah, ia quase me esquecendo: o palmito pupunha São Cassiano vem com o símbolo "KOSHER PARVE".

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Que cheiro é esse?


História verídica ocorrida nos Estados Unidos: uma mulher estava tentando vender sua casa há um ano, sem sucesso, até que resolveu trocar de corretor de imóveis. O novo corretor fez então uma pequena exigência à dona da casa:

- Toda vez que eu trouxer um cliente interessado em visitar sua casa, vou pedir que você asse uma fornada de biscoitos (os deliciosos cookies americanos).

A mulher não entendeu a razão daquele pedido, mas deseperada para vender a casa, concordou.

Já na primeira visita, o corretor ligou para a mulher para lembrá-la de assar os cookies alguns minutos antes de sua chegada ao imóvel com o potencial comprador. E assim foi feito.
 
Sabem o que aconteceu? Pois bem, este primeiro interessado fechou negócio e a casa foi vendida já na primeira investida do novo corretor. Por que? Porque este profissional sabia o quanto somos influenciados (e induzidos até) pelos nossos 5 sentidos. Aquela casa tinha sempre sido considerada um imóvel à venda, assim, os compradores que a visitavam no passado, examinavam a propriedade com muito critério e minúcia - pintura, vazamentos, encanamento, etc. Já o novo corretor pediu àquela mulher que enchesse a casa com cheiro de biscoitos assados, fazendo com que a casa deixasse de ser apenas um imóvel e se tornasse um LAR à venda. Sim, um lar onde se assam biscoitos - aquele cheirinho de doce vindo da cozinha evoca uma série de lembranças e idéias: um lar feliz, onde a harmonia reina e onde todos são felizes. Quem não quer uma vida assim?
 
Pois bem, o tal comprador queria e comprou a casa, influenciado pelo "perfume de lar feliz" e pela expectativa de ter ele mesmo conseguido um lar para si.


Por isso, profissional de marketing, valorize todas as dimensões de seu produto - cheiro, textura, cor, som, gosto.

(A propósito, a casa estava em boas condições, não pense ninguém aqui que o comprador foi ludibriado ou coisa assim!).
 
É isso. Legal, né?

terça-feira, 20 de julho de 2010

A tentação dos perfumes...


Hoje queria  falar sobre os perfumes e o (importantíssimo) papel que eles exercem na composição de um produto!

Vamos começar relembrando alguns fatos curiosos sobre a história dos perfumes:

Queimar ervas e flores era uma maneira de invocar os Deuses: – “per fumum”;

Religião: todas as religiões usam as fragrâncias como uma forma de purificação e de comunicação entre os homens e Deus. Hoje a Igreja perpetua esta tradição com o uso do incenso;

Sedução: Cleópatra eternizou a arte da perfumaria… Ela seduziu Marco Antonio e Julio Cesar usando um perfume feito dos óleos das flores de henna, menta e açafrão;

Saúde: Só no final do século 18 é que os perfumes deixam de ser considerados remédios (aromaterapia)


Nós somos comandados pela emoção, assim antes de entender qualquer coisa, a gente primeiro sente (tato, perfume, visão, som). Quando abrimos uma embalagem e sentimos um cheiro de pinho, mesmo sem saber para que serve o tal produto, a gente já começa a classificá-lo de acordo com seu cheiro (limpeza), cor (verde, limpeza, adstringência), textura, etc. Repito: antes de entender, a gente sente!



De todos os sentidos, o olfato é aquele que exerce o maior impacto em nossas emoções. Vejam diagrama abaixo e tirem suas próprias conclusões (pensem em como somos induzido a acreditar que um produto é pior ou melhor simplesmente por conta de sua fragrância):


Você sabia que se você estiver de olhos fechados e alguém te der uma cebola que tenha sido "tratada" com uma fragrância de maçã você vai acreditar que está comendo uma maçã? Neste caso, nem a textura nem o paladar vão te ajudar. Sem o auxílio óbvio da visão, o que irá prevalecer é o cheiro de maçã, que a despeito de todas as outras evidências, vai te convencer de que está realmente comendo o fruto proibido (ou aquele da Branca de Neve).


sábado, 17 de julho de 2010

Hoje é Sábado!!


Como já havia anunciado ontem, neste final de semana gelado meus planos incluem ler, ver TV, comer alguma coisa gostosa, tomar vinho e NÃO sair de casa!

Hoje segui à risca minha intenção, e queria dividir com vocês alguns prazeres deste sábado:

1) Sob o Sol da Toscana: minha mãe já havia me recomendado este filme, mas nunca levei muito a sério (por que será que basta um amigo recomendar um filme e a gente sai correndo para o cinema, mas quando a sugestão vem da mamãe sempre dá uma desconfiança...). Enfim, o canal HBO2 vem passando este filme incansavelmente, porém, sabe-se lá por que motivo, agora todos os filmes deste canal são dublados (!!!) e sem opção de som original! É um horror, um pesadelo. Assim, eu estava esperando para ver se o filme apareceria em algum outro canal HBO, legendado - mas, nada feito, há mais de uma semana que "Sob o Sol da Toscana" só dá as caras no tal HBO2. Resolvi então desistir de esperar e assisti ao filme hoje! Ai, que delícia!! Este filme está classificado em uma categoria que criei: "Caixinha de Música"! É o seguinte: tudo o que é delicado, singelo, lindo, encantador e romântico entra neste grupo. E "Sob o Sol da Toscana" é um filme "Caixinha de Música". Vale a pena assistir, mesmo com a tortura da dublagem - para falar a verdade, tudo é tão bonito que a gente até esquece daquelas frases faladas de um jeito que ninguem, ninguém mesmo fala! Assistam e seu coração vai sorrir!

2) Zeca Baleiro: faz pouco tempo que descobri este artista! Claro que há anos sei de sua existência, mas não faz muito tempo que comecei a prestar atenção nele. Hoje, por acaso, ouvi duas músicas do Zeca Baleiro: Vai de Madureira e Bola Dividida. Adorei! Letras bem sacadas, combinações criativas ("Se não tem água Perrier eu não vou me aperrear" - muito bom, né?), melodia gostosa. Estou amando o Zeca Baleiro e ele combinou muito bem com o meu sábado!

É isso gente! Bom domingo para todos vocês!


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Que frio!!!



Sei que vou contra a maioria, mas adoro um friozinho! Acho que é porque as temperaturas raramente caem no Brasil - aí, quando os dias congelantes de inverno aparecem, acho uma delícia! Talvez tenha a ver com o fato de que nestes dias a gente se comporta de maneira diferente daquela a que estamos acostumados - nós, brasileiros, somo expansivos, alegres e comunicativos, mas quando o frio chega, a gente se encolhe, se retrai e fica em casa...

Tem coisa mais gostosa do que ficar em casa nestes dias de frio e chuva? Sair do trabalho no final do dia e levar alguma coisa bem gostosa e quentinha para o jantar, abrir uma garrafa de vinho e relaxar assistindo TV,  lendo um livro...é muito bom!

As roupas são outra delícia: casacos, echarpes, xales e botas saem do armário, loucos para se exibirem por aí. Então, é so acrescentar uma flor de tecido, um broche, um chapéu, um cachecól colorido e dá para ficar super charmosa e aquecida.

Neste final de semana pretendo ficar "na toca". Talvez faça uma feijoada...quem sabe? Bom, né?
Curtam estes dias, agasalhem-se, comam bem.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Embalagens que Enganam!


A função de uma embalagem não é só acondicionar e proteger um produto. Embalagens servem também como instrumento de comunicação entre fabricante e consumidor, além de serem poderosos instrumentos de persuasão - eu já comprei produtos que não conhecia, mas que me convenceram por suas embalagens irresistíveis. Vejam alguns deles abaixo - todos da Bath and Body Works, marca americana, de preço (bem) honesto e de produtos muito caprichados. Lindos, né?




Pois é, mas quero falar neste post sobre o inverso: embalagens que não encantam, mas que irritam e enganam!

Vamos começar falando sobre algumas embalagens (americanas) que não são claras quanto às informações nutricionais e que acabam induzindo o pobre (e gordo) consumidor a comer mais do que deveria - o incauto comilão acaba achando que está ingerindo menos calorias do que realmente está.

Vejam abaixo - produtos pequenos, que intuitivamente acreditamos ser "dose única", mas que ao ler o rótulo percebemos ser o "serving size" ou "tamanho da porção" apenas uma fração do pacote. Em outras palavras, ao comer uma xícara da sopa (lata inteira) as calorias devem ser multiplicadas por dois. O mesmo vale para o pacote de salgadinho, que aqui mais parece um sachet e para a garrafinha de isotônico.





E o que dizer das embalagens de cigarro (que odeio!)?
O uso de palavras como light e suave? Palavras que, claro, induzem o consumidor a acreditar que aquele tipo de tabaco é menos nocivo...tudo balela, né?  Nos Estados Unidos estas palavras deverão ser banidas dos maços até o meio do ano. Sabem o que os fabricantes vão fazer? Vão usar e abusar das cores claras, pastéis, lights, induzindo o fumante ao mesmo erro - o de achar que, fumando aquele cigarrinho o dano é menor.




Outra coisa que me tira do sério são os famosos asteriscos, presentes em tantas embalagens brasileiras. Já vi em loções para a pele - produto sem álcool*. Ao consultar o dito asterisco, vi que o produto não tinha um tipo específico de álcool mas que tinha vários outros. O mesmo vale para shampoos sem sal...Fiquem de olho!



Mais um exemplo do malfadado asterisco: há algum tempo vi um shampoo (não me lembro qual a marca) que anunciava em seu rótulo - "cabelo cresce muito mais forte, até 1,3cm por mês*" Para que o asterisco? Para que a gente lesse a ressalva a seguir: cabelos saudáveis crescem 1,3 cm por mês". Ou seja, se lavar os cabelos com qualquer shampoo, seus cabelos vão crescer os mesmos 1,3 cm. Ai que raiva!! Quanta palhaçada!

Por último, um tipo de nomenclatura de produto que só vi no Brasil: leio a embalagem - Queijo Parmesão. A "pegadinha é que entre as palavras "queijo" e "parmesão" há, em fonte menor, a palavra "tipo". Resumindo, você acaba de comprar não um queijo parmesão, mas um queijo TIPO parmesão. O que é isso? O que significa este "tipo"? Será que é "mais ou menos parmesão"? Preço de parmesão mas gosto de meia-cura? Não dá, né?

Agora, por último mesmo, vou lembrar aqui do que o pessoal do blog comacomosolhos.com notou ao comprar esta nova garrafinha da Nestle: Bebida Láctea Alpino. Qual não foi a surpresa desta turma ao dar de cara com a seguinte inscrição na embalagem: "este produto não contém chocolate alpino". Hein?


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Receitas que não dão certo!



Não sei se vocês são como eu, mas confesso que adoro programas culinários! Nigella (visivelmente acima do peso, mas ainda assim linda!) e Jamie Oliver estão entre meus preferidos. Mas assisto também aos programas "Cozinha Caseira" e "Homem Gourmet" no canal Fox Life.


Gosto de aprender receitas novas, não óbvias, receitas que me apresentem sabores surpreendentes - e estes programas muitas vezes dão conta do recado!





No entanto, nem sempre tudo dá certo e me sinto extremamente frustrada quando, depois de comprar os ingredientes e me dedicar na cozinha, seguindo fielmente a receita, o resultado não se parece nada com aquele apresentado na TV.

Devo dizer que os programas ingleses - Nigella e Oliver - são mais confiáveis, já que nunca me decepcionei com uma receita destes dois. Sempre dá certo, e quando não dá, a culpa é do ingrediente, como no caso que vou contar a seguir:

Ofereci um jantar para alguns amigos no último sábado, 10/07 (aniversário do meu querido filho Pedro). Como as temperaturas já estavam um pouco mais baixas, servi um ragu de carne com polenta mole. Ficou muito bom. O problema apareceu na sobremesa...

Para não arriscar muito, já que seria a primeira vez que eu faria o prato principal, resolvi fazer uma sobremesa que faço sempre e que já é um sucesso consagrado - cheesecake com goiabada (vou deixar esta receita no final deste post). Aprendi esta receita no livro da Nigella e adaptei - o doce inglês não incluia a goiabada, obviamente, mas achei que seria uma boa substituição, como de fato foi.

Muito bem, fui comprar os ingredientes. Como já disse, esta sobremesa é minha antiga conhecida, um prato sem qualquer risco. Naquele dia, no entanto, não encontrei no supermercado o cream cheese Philadelphia - marca que sempre compro. Achei que não haveria problema em substituir o produto por outro semelhante mas de marca diferente: comprei o cream cheese Danúbio! Pois é, errei aí!

Fiz a sobremesa como sempre, seguindo todos os passos e terminei colocando a forma na geladeira - o cheesecake só seria desenformado 4 horas depois, quando já estivesse firme.

Comecei a trabalhar nos outros pratos - mais complicados e com os quais não estava tão familiarizada - e não pensei mais no cheesecake...

Um pouco antes dos meus convidados chegarem, decidi terminar a preparação da sobremesa: os últimos passos incluem tirar o doce da forma e cobri-lo com a goiabada mole... Para minha surpresa, no entanto, era o cheesecake que estava mole, mole. Já fazia umas 6 horas desde sua preparação - tempo mais do que suficiente para mudar sua consistência.

E foi isso o que aconteceu: fiquei sem sobremesa para o jantar porque não teve jeito do cheesecake firmar. Só encontro explicação na marca do cream cheese - para falar a verdade eu já tinha achado o Danúbio um pouco mais mole que o Philadelphia durante o preparo da receita, mas não pensei que esta diferença fosse ter um impacto tão grande no resultado final. Uma pena...


De qualquer maneira, deixo aqui a receita deste cheesecake delicioso para quem quiser. Vale a pena - é fácil e sempre rende aplausos. Aguardo notícias daqueles que se aventurarem...

Ah, antes de terminar: a Cida, querida amiga que trabalha aqui em casa, adora este cheesecake e não se fez de rogada...comeu tudo, mole mesmo - afinal, a consistência não era aquela, mas o gosto estava muito bom!

Cheesecake de Goiabada
(12 fatias)

Para a massa:

200 gr biscoito doce (maisena, leite)
100 gr manteiga amolecida

- triturar os biscoitos até virarem uma "farofa". Acrescentar a manteiga e misturar até virar uma massa compacta. Pressione essa mistura no fundo de uma forma com fundo removível.

Cheesecake:

600gr de cream cheese Philadelphia
120 gr de açúcar
2 colheres (chá) de essência de baunilha
1 colher (chá) suco de limão siciliano
500 ml de creme de leite fresco
1 vidro grande de goiabada mole ou em pasta

Bata juntos o cream cheese, o açúcar, a essência de baunilha e o limão, até a mistura ficar cremosa. Bata, separadamente, o creme de leite até que fique em ponto de chantilly e junte-o à mistura de cream cheese. Espalhe o creme final sobre a base de biscoitos e alise com uma espátula. Deixe na geladeira por, pelo menos 3 horas. Quando for servir, desenforme o cheesecake e espalhe a goiabada por cima. Fica uma delícia!!